Quando em 2013 visitei a Ilha de
Moçambique lembrei-me de fotografar as lápides do cemitério, todas que pudesse
e depois partilhar na internet, para que aqueles que lá deixaram família e
amigos, os possam “visitar”. Além disso, as lápides, na falta de livro de
registos, acabam por ser uma fonte de informação de dados biográficos.
O cemitério foi maltratado, pilhado
e vandalizado. Nota-se agora algum cuidado, construíram o muro, fecharam o
portão e têm um guarda. Há campas que foram construídas e outras em que
alguém escreveu a tinta o nome do defunto. É triste ver as campas partidas e
saqueadas, em alguns casos por razão nenhuma, pois não se percebe o que poderia
haver ali para roubar. A capela do cemitério nada tem, nada, nem pintura nas
paredes, muito menos ornamentos ou mobiliário. Aliás, não encontrei em nenhuma
das Igrejas da Ilha que visitei uma única imagem, nem mesmo um altar. E o que é feito do património cultural português
que lá estava? Desapareceu, disseram-me, evaporou-se sem deixar registo, sem
haver inventário e pelos vistos, sem criar interesse em saber dele.
Pela minha parte, tentei
documentar o que encontrei, para servir aos que lá deixaram os deles.
As fotos podem ser vistas aqui:
http://fotos.sapo.pt/alexforjaz/fotos/?uid=hACLZcjeKLzvIMzZiMgI
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