sábado, 2 de maio de 2015

Mata Quatro


(fonte: Cartografia Digital da Direcção Geral do Cadastro) 

O nome parece um cabeçalho de um qualquer jornal sensacionalista, e quem sabe, algures na história algum herói matou quatro, por isso a homenagem, mas sobre isso não tenho informação. Certeza é que se trata de um lugar, uma terra que fica em Almoster, Santarém. Actualmente, parece que o que tem de significativo é um marco geodésico. Não encontrei qualquer outro elemento notável. Na história recente aparece por ter sido local da batalha de Almoster, em 1834, durante a guerra civil.
Se recuarmos mais alguns séculos, encontramos um Morgado com a designação do seu nome,  Mata Quatro. Era assim composto:
< Morgado de Mata Quatro, situado na freguesia de Almoster, Concelho de Santarém, …….., e compondo-se de cento e quarenta e uma propriedades, ….., compõe-se de quatro casais denominados Mata Quatro, Pereiro, Almodolim e Carvalhal situados na Ponte do Celeiro, freguesia de Santa Maria de Almoster, concelho de Santarém, e confrontam pelo norte com Paul Freixial, Poente com Real Mosteiro das freiras de Almoster, Sul com a quinta da Póvoa da Isenta, pertencente a Francisco José Araújo, e nascente até à Ponte do Celeiro com estrada publica e daí para cima com Paul de Almodolim e Mata Quatro, hoje pertencente a Francisco Hipólito Marrecos, o qual pega com o de Cláudio do Couto Silva, e acaba com o Paul do Freixial que é do Tenente Coronel Gorjão>.
<Em escritura de 1860 foi convencionado aforá-lo ao Excelentíssimo Visconde de Fornos de Algodres, pelo foro, clausulas e condições seguintes, na forma do Decreto de quatro de Abril de mil oitocentos trinta e dois, artigo 22….por três vidas.>.
Este vínculo foi estabelecido por Gil Vasques Leitão, que segundo Felgueiras Gaio, foi escudeiro, e vassalo dos Reis D. Fernando e D. João I instituiu um Morgado de certos casais em Almada e junto de Almoster por escritura feita pelo Tab.am Martim Gomes em 17 de Setembro de 1401.
O proprietário António Maria de Brito Pereira Pinto Guedes Pacheco vende-o em 1869 à empresa comercial Almeida Camacho Matos e Companhia em 1869. E mais notícia, não tenho.



Sem comentários:

Enviar um comentário